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Incorporação de Novas Tecnologias

Mediadora: Fernanda de Carvalho

Palestrante: Natália Pires Vasconcelos

Aplicações tecnológicas em saúde

As relações entre a academia e a sociedade civil e as aplicações das novas tecnologias na área da saúde. Com essas premissas, a discussão norteada pelo compromisso da elaboração de estudos propositivos, abordou vários elementos fundamentais à construção de soluções em saúde pública

Fernanda de Carvalho, diretora de relações públicas e internacionais do Instituto Lado a Lado pela Vida fez o discurso de abertura do segundo dia de debates do Global Forum – Fronteiras da Saúde com o anúncio do lançamento do Grupo de Trabalho 2 que apresentará um relatório (white paper) com data prevista de conclusão para 2021 trazendo estudos sobre a incorporação de novas tecnologia em saúde e acerca das discussões encampadas no evento deste ano. Em 2019, foi lançada na primeira edição do Global Forum, o painel cujo o tema Inovação em atenção primária resultou na elaboração e conclusão de um relatório desenvolvido pelo primeiro Grupo de Trabalho. “Este documento será encaminhado ao Ministério da Saúde, bem como secretarias de saúde estaduais e municipais a fim de propor soluções na busca por melhorias dos sistemas público e suplementar de saúde com a participação da sociedade civil”, expôs.

Após breves considerações, Fernanda recebeu a convidada Natália Pires Vasconcelos, coordenadora do núcleo de direito, saúde e políticas públicas do Insper. Formada em direito e ciências sociais, Natália observa que é um grande desafio incorporar novas tecnologia na área da saúde e que seu trabalho consiste em mapear um cenário muito amplo no que se relaciona ao direto à saúde. “Minha missão é acadêmica e está ligada à área da pesquisa. A ideia de propor algo precisa vir com uma apropriação importante e robusta do conhecimento já disponível a partir de tantas outras pessoas que já estão na linha de frente da pesquisa. Saúde não é um bem de consumo, é um bem público”, afirma.

Sobre as relações entre a academia e a sociedade civil, Fernanda disse estar ciente entre o grande distanciamento no que tange à produção acadêmica e aquilo que a sociedade civil se apropria e transforma em demanda. “Estamos produzindo conhecimento acadêmico e queremos que isso tenha uma função normativa no ambiente geral de políticas públicas. Nós não estamos falando da Suécia. Vivemos em um país com desigualdades estruturais muito grandes e onde a maior parte da produção acadêmica não consegue ser absorvida pela sociedade civil na busca pela efetivação de suas demandas”, revelou.

Segundo Natália, a pandemia de Covid-19 tornou mais urgente a comunicação da academia com a sociedade e que o fortalecimento desse laço traz um aprimoramento na interlocução com o poder público em relação à clareza e natureza das reais necessidades em saúde. “Em particular, estudo muito o tema da judicialização da saúde e vejo que é uma forma da sociedade civil tentar atuar sobre o sistema de saúde em alguma medida, requisitar medicamentos, tratamentos e serviços que, em muitos casos, não foram incorporados pelo sistema”, ponderou, levantando uma questão sobre como essas decisões podem ser tomadas de forma que as pessoas não necessitem recorrer à justiça para pedir esses serviços e insumos, de modo que a sociedade civil se veja refletida nas decisões do poder público.

Com relação à parceria firmada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida e o Insper para a realização do segundo Grupo de Trabalho, Natália explanou sobre a importância dos compromissos de transparência, horizontalidade e da construção de um conhecimento verificável e reproduzível por outros entes correlacionados, mas também com finalidade normativa para a melhoria da política pública de saúde. “Precisamos garantir direitos e queremos um país que consiga produzir maiores redes de proteção às pessoas neste sentido. A saúde é um ponto crucial para esta proteção”, concluiu.

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trabalho

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